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Como Escolher Seu Celular

Como Escolher Seu Celular

Se durante o ano as lojas e quiosques das operadoras já ficam cheias de aparelhos, saindo da fornalha como pão quente em padaria, é na época de Natal que os fabricantes de gadgets e prestadoras de serviços desovam mais modelos de dezenas de marcas tentando abocanhar um pedacinho do orçamento natalino dos consumidores. As opções são tantas, porém, que os clientes acabam ficando confusos. Que marca escolher, que modelo, dotado de que tecnologias?

Para quem está perdido mas ainda tem esperanças de fazer uma boa compra no fim de ano, separamos nove dicas quentes que podem ajudar a separar o joio do trigo.

1) Celular para quê?

Em primeiro lugar, o cliente deve adaptar a compra ao seu perfil de uso. Comprar um aparelho cheio de bossa pode não ser a opção mais sensata para aquele que não é consumidor voraz de tecnologia e precisa do aparelho apenas para efetuar e receber chamadas telefônicas. Hoje, os aparelhos trazem incrementos como câmera digital acoplada - já há modelos midle-end com câmeras de 2 megapixels, e alguns low end com 1.3 megapixels, o suficiente para bons registros. Há ainda modelos dotados de MP3 Player que funcionam praticamente como um iPod, cabendo até 250 músicas salvas em formato MP3 - algumas marcas usam formato AAC, mais compacto. É o caso de Nokia e Motorola, que dá as duas opções (MP3 e AAC).

Para quem não precisa de alta tecnologia no celular, o mercado está cheio de modelos low end de boa qualidade a preços inferiores a R$ 200, R$ 100. Dentre as marcas que têm bons modelos a baixos custos estão Samsung, Nokia, Motorola, Gradiente, Pantech e LG. Os modelos "barrinha" costumam sair mais em conta.

Mas falar em celular barato não significa que o aparelho precisa ser "pelado" - há modelos de baixo custo dotados de câmera, por exemplo. Bom gerenciamento de bateria, por exemplo, garante maior vida útil e menos chateação na hora de carregar o celular. Mas falaremos melhor sobre isso no item a seguir.

2) Bateria

A maior parte dos fabricantes usa a mesma bateria - ou seja, criada a partir dos mesmos materiais. A mais usada hoje é a de íon-litio. Ela é adotada, por exemplo, pela Nokia e pela Motorola. Se usam a mesma bateria, todos os modelos devem, portanto, ser iguais. Certo? Errado. Então, qual é a diferença entre os modelos? Por que uns levam dias para descarregar e outros precisam ser alimentados constantemente? Pois é. Alguns fabricantes têm problemas no gerenciamento da bateria em relação às funções executadas pelo aparelho.

Bons exemplos: quem já teve ou tem um celular da Nokia ou da Samsung, por exemplo, sabe que no geral os aparelhos costumam levar dias (até cinco) para "morrer". É fato. As duas marcas estudaram formas de gerenciamento de bateria de forma que o aparelho é capaz de consumir menos energia para funcionar mais tempo. Aqui, um parêntese importante: funções como MP3 Player, câmera e navegação na internet consomem mais bateria, diminuindo o tempo necessário para uma próxima recarga. Uma outra forma de economizar bateria é configurar o aparelho para, por exemplo, ficar o menor tempo possível com a luz de fundo ligada. E assim ganha-se até um dia entre uma recarga e outra.

Por outro lado, quem compra um celular Motorola vez ou outra acaba reclamando que a bateria sempre "morre" mais cedo. É verdade. A Motorola ainda não conseguiu resolver o problema de gerenciamento de bateria e os modelos da marca costumam ser mais "gulosos". Dia desses, fizemos um teste comparativo entre um celular Samsung e um Motorola. O primeiro chegou a ficar "vivo" durante quatro dias; o segundo "morreu" em 48 horas. Portanto, se você é daqueles que não têm muita paciência para ficar carregando o celular, Nokia e Samsung são boas opções, assim como Sony-Ericsson, pelos mesmos motivos.

3) Conectividade

Esta parte também é voltada para quem adora uma novidade tecnológica. Hoje, os celulares mais caros trazem integrada uma tecnologia chamada Bluetooth, que permite a comunicação dos celulares entre si - ou seja, um aparelho pode, por exemplo, mandar músicas ou fotos para outro - e com acessórios como fone de ouvido e caixas de som. O Bluetooth também pode ser usado para promover a troca de arquivos do celular com o computador, embora o cabo de dados acabe se mostrando mais prático e mais rápido.

Mas a Bluetooth - assim chamada por ser uma "luz azul" - não é a única tecnologia de conectividade presente hoje nos aparelhos. Do clássico infravermelho às modernas conexões Wi-Fi, há aparelhos dotados de tudo um pouco. O P50, da Benq-Siemens, por exemplo, traz Bluetooth, infravermelho (que nele pode ser usado para transformar o aparelho em controle-remoto), rede sem fio Wi-Fi, modem e cabo USB para conexão do celular com desktops e notebooks.

E se engana quem pensa que as tecnologias de conectividade ainda são exclusivas dos modelos high-end (mais caros). Já há bons modelos, na faixa dos R$ 300, com pelo menos Bluetooth integrado. Wi-Fi ainda é luxo, mas em breve, espera-se, o mercado vai adotar a conexão wireless, assim como a Voz sobre IP, também nos terminais móveis.

4) Design

Aqui está um quesito que realmente faz a diferença para o consumidor final. Recentemente, a Motorola fez uma pesquisa que constatou que 40% dos consumidores compram um celular por causa do design, ou seja, quanto mais bonito, mais chance o aparelho terá de ser comprado. Nem precisava de pesquisa para constatar - quem não gosta de um aparelho que seja, ao mesmo tempo, bom e bonito (e barato, claro)?

Diante da constatação de que beleza, aqui, é fundamental, os fabricantes começaram a investir cada vez mais pesado em seus departamentos de pesquisa de design para desovar no mercado modelos mais finos, mais coloridos e/ou com novidades como corpo giratório, slider (a parte de baixo desliza sobre a de cima). Os modelos concha (clam shell), no entanto, continuam sendo tratados como "clássicos" e têm sempre seu lugar garantido na preferência do consumidor.

Disparado, a empresa que mais investe em design é a Motorola, e aí está o Razr V3 para provar. Ligou o nome à pessoa? É aquele celular chamado de "o mais fino do mundo" (se não me engano, a LG bateu o recorde com o seu "Chocolate"), cuja propaganda mostrava uma modelo colocando o aparelho no bolso da calça apertada. Outros modelos interessantes da marca são o U6 (Pebl) e os descendentes do V3 - como o V3C, este com MP3 Player integrado.

Enquanto isso, a Nokia continua dando preferência às funções e os aparelhos da marca ainda são "feios", principalmente quando comparados aos da Motorola. A empresa preferiu investir no "feio que satisfaz". Tem dado certo.

5) MP3 Player

Há dois anos, quando a Motorola lançou o modelo Rokr, junto com a Apple, o mercado ficou em polvorosa. Estava começando ali mais uma revolução no mercado de telefones celulares. Eles nunca mais foram os mesmos. Se antes a música só estava presente através dos (chatinhos) ringtones (toques), agora a música completa (full track) serve não só como toque do aparelho como softwares de MP3 e cartões de memória foram incorporados aos aparelhos, que ganham assim mais uma função: a de tocador de música digital.

Quem saiu na frente nesta batalha foi a Sony-Ericsson, com sua família de modelos Walkman -W300, W800, W810, etc. São modelos mais robustos voltados principalmente para quem carregar músicas no celular, o maior número possível delas. E já que a memória interna dos aparelhos costuma ser pequena, a maior parte dos modelos da Sony-Ericsson, assim como os da Nokia e da Motorola, já trazem entrada para cartões de memória, capazes de armazenar até 1Gb de arquivos musicais. O cartão mais usado é o mini-SD, mas há celulares aceitando cartões SD (Secure Digital).

Para facilitar a vida dos usuários, os fabricantes têm incorporado, junto com os fones de ouvido e a função de MP3 Player, softwares que ajudam a navegar dentro do tocador. O Music Player, por exemplo, vem instalado nos celulares dotados de Windows Mobile. Também são usados o Windows Media Player e o Real Player.

6) Usabilidade

Este quesito faz uma diferença incrível para quem está em dúvida sobre o melhor celular a comprar. Celular difícil é celular ruim, este é o lema. A princípio, o usuário não deveria levar mais de dois toques para conseguir executar a tarefa que deseja, seja ela ligar ou tocar uma música MP3 no celular. O problema é que muitos fabricantes têm dado preferência ao aumento no número de funções (e, consequëntemente, de ícones dentro do celular) e, assim, investem menos na usabilidade - capacidade de o usuário navegar com facilidade dentro do aparelho.

Como escolher o celular com melhor usabilidade? Pegue um celular da Nokia e um da Samsung, por exemplo, e dê uma navegada dentro deles. Percebeu que você não demora nadinha para achar funções como "Configurações", "Mensagens", "WAP", etc? Vá adiante e tente mudar o papel de parede ou, indo além, descobrir onde ficam armazenadas as fotos que você fez com a câmera (se ela existir, claro).

Agora, pegue um celular da Motorola e faça a mesma coisa. Conte o número de toques que você é obrigado a executar para chegar aonde deseja. Dependendo do modelo, você vai notar uma diferença considerável. É que a Motorola ainda tem problemas graves de usabilidade. Os ícones ainda são meio "escondidos", ou é esta a impressão que dá.

Uma quarta marca tem usabilidade nota 10: a Sony-Ericsson. Na maior parte de seus aparelhos, a usabilidade é muito bem trabalhada, deixando o usuário livre para usar o aparelho sem ter que ler o manual antes. Acreditem: isso faz uma diferença enorme.

7) Ergonomia

Tem gente que não liga para isso e prefere um celular pequeno, que caiba no bolso da calça ou na palma das mãos. Mas muita gente tem dado preferência a aparelhos que, além de bonitos, sejam bons "na pegada". Ou seja, bem resolvidos ergonomicamente. Já viram o U6 (Pebl), da Motorola? Ele tem um formato arredondado e pode ser aberto com uma passadinha de dedos na parte superior de seu corpo. O formato em questão foi estudado durante anos pela equipe de design da Motorola e tem a intenção de levar a sensação da natureza para o celular.

Celular pequeno pode ser um problema para quem tem dedos grandes - as teclas diminuem junto com o equipamento. Outra chateação pode ser perder o aparelho dentro da bolsa.

Uma dica para quem procura por bons aparelhos com boa ergonomia: a Samsung tem modelos que conseguem conjugar boa usabilidade, bateria duradoura e boa ergonomia. O E370, por exemplo, é perfeito para caber na palma da mão e mesmo assim as teclas não ficam desconfortáveis. A Motorola também tem acertado na maior parte dos seus modelos. Por outro lado, a Nokia tem insistido em lançar modelos "quadradões" mas cheios de tecnologias. É o preço que se paga pelas funções.

8) Aplicativos

Com o mercado inundado de Smartphones, aparelhos inteligentes que só faltam falar sozinhos, começam a desembarcar nos aparelhos mais simples aplicativos interessantes que vão muito além dos clássicos joguinhos. Já há, por exemplo, em muitos modelos da Nokia, da Motorola e da Benq Siemens, dentre outras, funções como Pocket Word, Pocket Excel, MSN Messenger em versão mini, Acrobat, e mil e outros programinhas que podem transformar o aparelho em escritório portátil. Testamos a maior parte dos programas e, mesmo não sendo semelhantes aos originais de desktop, quebram um galho enorme no dia-a-dia. Tem também os aparelhos com sistema Androide; estes aparelhos tem a plataforma aberta que possibilitar a instalação de centenas de aplicativos como: Scaner, PrtScr, antivirus, gravador de chamadas, SkyDrive, GoogleDrive, etc. Pra mim o sistema androide é o melhor.

9) Navegação na internet

Há muitos anos, falava-se que a plataforma WAP seria "a internet no celular". Você sabe o que é WAP? Pois no seu celular com certeza existem aplicações rodando em WAP. Por exemplo: quando vai baixar um ringtone dentro do aparelho você está usando WAP; assim como quando paga uma conta no Banco do Brasil usando o celular; ou quando busca uma notícia ou quer baixar um joguinho, ler o horóscopo e assim por diante. O WAP é o canal de comunicação da operadora e suas parcerias com o consumidor.

Ok, entendido o que é o WAP, agora vamos falar de internet no celular. Ela já existe? Pois é. A boa notícia é que existe, sim. E fica a cada dia mais semelhante com a que a gente tem em casa, no desktop. Muitos modelos mais novos que usam sistema operacional Windows Mobile trazem incorporado o browser da Microsoft, o Internet Explorer, em versão pocket. Acionando a opção, é possível navegar pela internet com facilidade, digitando-se qualquer endereço. E como a maioria absoluta dos aparelhos já suporta aplicações em Java e Flash, a navegação fica cada vez mais completa. Pena que ainda se paga muito caro pela navegação, que é cobrada por pacotes de dados - quanto mais kilobytes usa, maior será a conta. A sorte é que as operadoras já estão com planos alternativos de conexão ilimitada, o que pode baratear os custos.